Wednesday, 30 January 2008

Coitado do Álvaro de Campos

Excerto de poema de Álvaro de Campos

Que bom poder-me revoltar num comício dentro da minha alma !
Mas até nem parvo sou !
Nem tenho a defesa de poder ter opiniões sociais.
Não tenho, mesmo, defesa nenhuma: sou lúcido.

Não me queiram converter a convicção: sou lúcido.
Já disse: sou lúcido.
Nada de estéticas com coração: sou lúcido.
Merda ! Sou lúcido.

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