À semelhança de Akáki na novela "O Capote", Gógol também foi funcionário. Quando veio da Ucrânia para São Petersburgo, Nikolai Gógol trabalhou para um ministério.
Não sei em que departamento. Como diria o próprio:
"No departamento de... não, é melhor não revelarmos em que departamento. Não há nada mais susceptível do que todos esses departamentos, regimentos, escritórios, em suma, do que toda essa espécie burocrática."
Quando o Coxo começou a ler esta novela, que faz parte do que alguns autores chamam o "ciclo petersburguense", cheirou-lhe logo ao universo Kafkiano de "O Processo".
Akáki é o anti-herói por excelência. E o Coxo não pode deixar de simpatizar com este funcionário que "não se pode dizer que fosse digno de nota: baixa estatura, o seu tanto bexigoso, a dar para o arruivado, de aparência, até, um pouco míope, uma pequena calvície na fronte, rugas em ambas as faces e uma dessas cores de tez a que chamam de hemorroidal..."
Em suma, um desses personagens que às vezes vemos nas repartições de finanças escondido por trás de uma pilha de livros, e do qual só conhecemos o carimbo no papel devido.
Esperam-me agora os outros quatro livros do mesmo ciclo: "O Nariz", "Diário de um Louco", "Avenida Névski" e "O Retrato".
Monday, 25 February 2008
Akáki Akákievitch
Posted by O Coxo at 19:01
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