Por momentos pareceu-me que Bernardo Soares falava do Coxo quando lia esta passagem do livro do desassosssego:
"E assim sou, fútil e sensível, capaz de impulsos violentos e absorventes, maus e bons, nobres e vis, mas nunca de um sentimento que subsista, nunca de uma emoção que continue, e entre para a substância da alma. Tudo em mim é a tendência para ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma, como com uma criança inoportuna; Um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende."
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