Não nasci por acaso nestas pedras
mas para aprender dureza,
lume excedido,
coragem de mãos lúcidas.
Aqui no avesso da construção dos tempos
a palavra liberdade
é menos secreta.
Anda nos olhos da rua,
pega lanças aos gestos,
tira punhais das lágrimas,
conclui as manhãs.
E principalmente
não cheira a museu azedo
ou musgo embalado
pela chuva da boca dos mortos.
Começa nos cabelos das crianças
para me sentir mais nascido nestas pedras.
Porto
- cidade de luz de granito.
Tristeza de luz viril
com punhos de grito.
(Poema de José Gomes Ferreira)
Sunday, 11 March 2012
Porto
Posted by O Coxo at 22:19
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