Um homem mergulha pedra adentro como uma deflagração
demonstrando uma fé pouco comum nos elementos ateus da geologia
É o milagre da transposição.
Os elementos místicos do vôo
o corpo, a rocha, a deflagração
assim colocados sobre um denominador comum
o grito
A realidade é mais simples:
ossos que se estilhaçam na queda, cabeças abertas que desconfiam dos pais
e o desespero animal
uma espécie de crença desproporcionada que não sabe amortecer a queda
um ideal que esbarra brutalmente contra a realidade.
Tudo resulta de um equívoco simples:
o homem mergulha na rocha porque tem uma fé inabalável na água
e um peixe-homem que crê nos elementos julga-se invencível como um Deus.
Depois da morte o homem constrõe para si uma espécie de pureza estratificada
nas amarras da terra
vive assim sepultado na sua coragem mineral
acordando de quando a quando em murmúrios mesquinhos.
Vive então como um animal esventrado
demonstrando uma fé pouco comum nos elementos ateus da geologia
É o milagre da transposição.
Os elementos místicos do vôo
o corpo, a rocha, a deflagração
assim colocados sobre um denominador comum
o grito
A realidade é mais simples:
ossos que se estilhaçam na queda, cabeças abertas que desconfiam dos pais
e o desespero animal
uma espécie de crença desproporcionada que não sabe amortecer a queda
um ideal que esbarra brutalmente contra a realidade.
Tudo resulta de um equívoco simples:
o homem mergulha na rocha porque tem uma fé inabalável na água
e um peixe-homem que crê nos elementos julga-se invencível como um Deus.
Depois da morte o homem constrõe para si uma espécie de pureza estratificada
nas amarras da terra
vive assim sepultado na sua coragem mineral
acordando de quando a quando em murmúrios mesquinhos.
Vive então como um animal esventrado
ou melhor
como um peixe.
Isso. Um peixe.
É um peixe rídiculo o homem
como um peixe.
Isso. Um peixe.
É um peixe rídiculo o homem
O Coxo